domingo, 16 de fevereiro de 2014



Celebração

A cada ano que passa celebra-se o amor
Aquele amor que todos procuram
E raramente encontram.
O amor que dá, porque amar é isso
Que se sustenta a si próprio,
Que chora as lágrimas amadas,
Que ri os risos rasgados,
Ou os envergonhados.
Que está presente
No corpo e na mente.
Que sabe calar, se tal ajudar
Na hora de amar.
Um amor assim, não vira ruim.
Um amor assim, jamais se transforma
Sempre a si retorna para se alargar,
Desenha o amar em rostos plurais,
Transcende a casinha, o lar, a madrinha
O pai ou a mãe.
Amando o que vem, dá-se sem desdém
Sem medos, suspeitas, tramas, expectativas.
É amor sem dono, sem rei, nem patrono
Salpica sorrisos, Ilumina faces
Escreve Liberdade nos livros em branco
Neles registando tudo o que é amar.
Um amor assim explode no peito
Encarna o desejo de nada querer
Vive sem julgar e sem separar.
Este Amor, Maior,
Em todos reconhece
A ambição de feliz ser,
E a inquietação de não saber,
Como fazer
Para o cumprir.

2014.02.12

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