quinta-feira, 22 de agosto de 2013


Ruas estreitas, empedradas...



Ruas estreitas, empedradas,
Também contêm gente.
Têm começo e fim
Como tudo o mais, na vida.
Sabem para onde vão
e de onde vêm.
Suportam passos diurnos, noturnos,
Apressados ou lentos.
Conhecem segredos,
Guardam-nos sob as suas pedras.
Provocam quedas, tropeções.
Quebram saltos altos,
Atraindo as moças
Pra mais perto de si…
Há quem as olhe e as ame
E quem as pise, sem as saber.

Ruas estreitas, empedradas
Têm vida, movimento, odores.
Vibram no amor e ódio das vizinhas
Que em noites soalheiras
Enfeitam degraus, janelas e portas
Com vestes, risos e palavreados.

Hoje posso olhar esta rua estreita, empedrada,
Dessas que vale a pena palmilhar.
Desço-a em degraus espaçosos, lentos
Que convidam ao pisar respeitoso.
Ao fundo a torre da igreja surge
Metáfora brilhante do fim da rua de todos nós…
Aromas de flores acompanham os meus passos,
Assinalando a vida em cada casa.
Atraso o passo
Faz-se silêncio
De sol se ilumina a jornada.
Na rua estreita,
Empedrada.

2013.08.20








7 comentários:

Penélope disse...

Um espaço adorável...
Acompanhando suas postagens...
Um abraço

Aldora Amaral disse...

Obrigada Malu pela sua simpatia e pela possibilidade que me dá de partilha. Bem- vinda ao Sonambulismos!

Unknown disse...

Mais uma vez, muito bem. Beijinho Aldora

Aldora Amaral disse...

Obrigada Carla!

Unknown disse...

muito bom :)bjx

Aldora Amaral disse...

Obrigada Maria! bjinhos

Unknown disse...

Vislumbrei-me num momento mágico...entre ruas estreitas e empedradas :) Continua com tão bela inspiração que inspira tb quem os lê. Beijinho